quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A despedida das folhas

Sob o ceú de Setembro
despeço-me das folhas
que em breve cairão das árvores.
Já está quase a chegar o Outono.
Que iremos fazer agora
sem folhas para brincar?
As folhas sempre foram minhas amigas.
Ainda me lembro
quando subia as árvores
só para brincar com elas.
Agora, está na hora de irem embora.
Primeiro vou fazer-lhes uma despedida...
e depois irei dizer: adeus amigas folhas!

30/9/2011

Bruno,9 anos

Poema



Sentado à beira mar
eu ouvia aquela estrela.
No mar solitário eu via o meu reflexo.
Via-me contemplado e só.
As mãos apressavam-se
e de repente a música calma surgiu.
Acompanhado não estou,
mas ouvia aquela linda música.
As teclas brancas e pretas
já estavam cansadas do mesmo ritmo.
O pôr do sol já tinha desaparecido
e a música apressava-se.
Na noite escura as asas brancas surgiram
e voei com a música dentro de mim.

23/2/2012
Bruno, 9 anos

Poesia

O Adeus acabou a sua viagem
e deixou-me atrás.
A tua mão branca vai
brevemente largar-me.
Todos os teus passos estavam em sintonia
com os meus pés também brancos.
Tuas palavras dançavam
com as minhas letras
que voavam e bailavam
no caderno com todas
as suas pistas.

29/02/2012

Catarina, 10 anos

Mar

Acordo, olho atavés da janela
do vidro transparente
Olho, nada mudou,
mas só tenho olhos
para meu mar azul.
O caderno está branco,
penso em ti.
Mar, o que fazes nesse sitio tão solitário?
Nada me respondeu,
 apenas o som das suas ondas.
O sonho de criança
deixou-se levar e deu-te amor.

16/2/2011

Liliana, 9 anos

Uma amizade

Unimo-nos, mesmo desconhecidas.
Desde o primeiro dia
que te vejo com o teu sorriso radiante,
destingue-se de todos os outros.
Para mim és tu quem me ilumina .
Olhei para ti e olhaste para mim,
os nossos olhares cruzaram-se.
Juntámo-nos para sempre!

20/01/2012

Catarina, 9 anos                      (Dedicado à Marta)

A despedida

Tudo o que me restará será o meu próprio nada.


O muro do crescimente da mudança
irá forçar-me a ir para outro caminho.
Terei de ceder á nossa despedida.
O tempo irá subir para o próximo nível da vida
e eu ficarei atrás como o luar abandonado pelo dia.
A beleza irá com o tempo que me deixará!!!

23/02 /2012
Catarina 10 anos

A nossa criatividade

Agora que eu vi o que o mundo pode dar
às nossas pálpebras,
vou a caminho de uma ideia.
Fito o amor que há entre a palavra e o mundo.
O instante deu-me a bondade
de transformar o mundo
onde estou na lógica dos (cogumelos) homens
que não compreendem a nossa criatividade.

3/02/2012

Rúben, 9 anos)

O amor

Quando voltar irei abraçar-te
e amar-te como sempre.
O amor feriu-me
e eu fiquei com um fardo na consciência.
Quando te vi o amor abraçou-me
e levou-me até a ti.
A paixão é infinita
porque eu vi um arcanjo de ouro
com corações na auréola.
Persinto que o instante
me mandou uma mensagem.
O teu coração brilha cada vez mais
e o meu fica mais apaixonado.
A pedra vai ficando rachada
até um dia abrir-se e esse dia
vai ter de ser hoje
porque eu nunca mais
me vou esquecer de te amar.

9/02/2012

Rubén, 9 anos)

Dedicado a uma pessoa especial

Escrever

Apaixonei-me por todas as cores.
Apaixonem-me por todas
as letras e números.
Na minha mão tenho o lápis a sorrir,
no coração o teu rosto radiante.
Iluminas o dia e a noite.
Não...
Para quê ter sol e lua
se tu és o meu sol e a minha lua?
Mas agora lamento
ter deixado isto para o fim...
Apaixonei-me por ti...

13/01/2012

Marta, 9anos


Fardos nas ideias

Nas minhas ideias tenho fardos.
A minha mente está acompanhada de poucas ideias, mas muitas palavras para dizer.
Rodeada de tão poucas ideias olho para tudo.
Fixo os teus olhos negros que quase sempre estão molhados, e a alegria dessa beleza faz ser eu a chorar.
Procuro ideias para o texto não estar só.
Eu não canto por cantar.
Mas agora a penas dizer-te isto.
Perdoa-me...
Perdi-te...

19/01/2012

(Marta)(9anos)



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Texto

No silêncio das árvores
uma luz aparece, é branca.
Corro atrás dela enquanto posso.
Subo a montanha branca do silêncio.
Passo pelo deserto,
sem nada, sem ninguém.
Apanho-a e quando a vejo
de mais perto fico contente
e com uma luz brilhante
no meu sorriso.

23/02/2012

(Marcia) (10 anos)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dedicado ao aniversário do Pedro



A luz das velas é o olhar do Pedro
que enche a sala de aula
de felicidade e carinho.
O coração dele é puro e explorador.
O pensamento dele cria imagens
que todos vêem na sala de aula
com o coração.
À noite basta um brilho pequeno
e o olhar do Pedro reflete-se na água.

8/02/2010

Iara, 7 anos

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Chamam-te Anastácia

És branca como a neve.
Tens os olhos azuis como o mar.
És pura e transparente como o ar.
És a lua que me ilumina nas noites
consumidas pelo diabo.
Neste mundo gigante
preciso da tua ajuda.
Chamam-te Anastácia...

Perdro, 10 anos

Texto

Deitado na suave relva do campo
penso no mistério.
Os questionários da vida
tornam-se cada vez mais reais.
No pensamento mudo-me de lugar
e vou para a varanda e digo:
varanda, minha varanda,
tu és a rainha do meu coração.
Como farei para libertar
as garras da solidão?
O remédio é ficar com amigos,
pois passo o tempo todo a escrever
para mim e para a varanda.
Mudo-me para o deserto,
o lápis desaparece, e fico sem ninguém
na minha vida.

21/02/2011

Samuel, 8 anos


Texto

Passos de criança caminham
sobre a sala onde estou.
As prateleiras colossais pensam
na próxima lua cheia.
O silêncio aproveita estar
num monte especial.
Os  passos de criança
começam a chegar perto de mim.
No charco de lágrimas esses passos
obrigam-me a ir até eles.
No vale das sombras as inquietações
começam quando ouvem os passos.
Tudo o que eu gostava
apaga-se nas memórias de adulto.
Os rios, as flores e a vontade
de criança desapareceram desde
que mudei para corpo de adulto.
Não sei porquê perdi-me
no caminho de adulto.
Até o meu mundo da imaginação
foi esquecido e destruído
pelo corpo de adulto.
Esta maldição caiu sobre minhas mãos
e caíu no poço do esquecimento.

18/02/2011

Samuel, 8 anos

Vozes desconhecidas

Na escola oiço vozes desconhecidas.
As vozes dão voltas e voltas sobre a escola.
Olho para os lados mas não consigo ver,
mas sim consigo senti-las.
Os passos e as vozes
começam a assustar-me.
Olho para os lados
e uma porta fecha-se sozinha.
Não sei se é sonho ou é realiade.
Os murmúrios das pessoas
rodeiam o corpo inteiro.
As vozes continuam a rodear-me.
Como fazer para as vozes
se deslocarem do meu corpo?
Poderei usar a magia das palavras,
pois serão muito úteis.
A magia das palavras foi descoberta
nos meus seis anos
por uma pessoa muito especial
que apareceu no destino da minha vida.

17/02/2011

Samuel, 8 anos

Texto

Estou dentro do coração
no meio de biliões de notas musicais
que já ouvi nos oito anos de vida.
Penso que estou num jardim
e encontro uma pessoa muito especial.
As notas musicais iluminam minha alma.
Sem saber o que faço pego na caneta
e deixo-a dançar até ao centro do coração.
Caras risonhas aparecem
num lugar desconhecido da minha alma.
O sol ilumina o dia lá fora.
Alguns ramos estão felizes, outros
estão tristes com alguma mágoa.
Olho para trás, vejo o que passei
em toda a minha vida.
Minha alma pode ter ligações
com uma pessoa que nem poderia
ter conhecido nestes oito últimos anos
que passei. Os lápis dançam
ao ritmo da música.
Olho para os quatro lados da sala
e sinto-me sozinho com a solidão
e a melancolia, as minhas duas
inimigas da vida.
Todos os meus amigos desapareceram
em toda a minha vida.
As memórias que estou a ter
são de toda a minha viada.

4/02/2011

Samuel, 8 anos


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Na lua cheia

Olho para ti e no teu centro
aparecem olhos de lobo.
A tua luz brilha contra a janela
que ilumina o meu rosto.
No céu apareces tu
a dar as mãos
a todas as estrelas.
Os meus olhos de concha, à noite,
estão à tua frente à beira do mar.

9/06/2010

Anastácia, 7 anos.

Texto

No céu abrem-se as mãos da criança
e o amor sai dando as mãos a todos.
As melodias cantam
e saem escorregas de sol.
O lago caminha
com infinitos cristais.
As nuvens passam pelo tempo
que passa pelas pessoas.
No ar as asas voam como anjos
a tocar música.
As gotas caem contra os meus dedos
e fazem melodias do passado.
Do coração os sorrisos
espalham-se pelo ar.
O céu escurece,
mas não é com guerra
é com paz.
Vejo passos fugidios
no chão da morte.
O espelho da água parte-se
e fica preto à frente da natureza.

24/05/2010

Anastácia, 7 anos

Em que futuro vou

Pensei e nunca mais
vou deixar de pensar.
Piso e continuo a caminhar
nesse caminho.
Sei o que as minhas pernas dançam
e continuam a dançar.
O que eu escrevo
não é escrever,
é dançar com as palavras
que ponho numa folha
com linhas azuis.
O teu nome Balett
nunca esquecerei.
Tu e o mar são irmãos
para mim.

(dedicado ao ballet)

Anastácia, 7 anos

O livro

No mar vejo-te como o livro
do descobrimento,
que todas as crianças
e poetas usam.
Na areia aprendes
com o sol, e cada coisa
que tu aprendes com o sol
estará sempre dentro de ti.
As crianças querem-te,
sentem-te, e sabem
que tu és a aprendizagem.

21/05/2010

Anastácia, 7 anos

De uma flor do mar

De uma flor do mar
nasce o amor de um poeta
e de uma criança
como uma flor
ou uma pinga de água.
No ribeiro,
em cada cristal fugidio
vejo-te a proteger
peixes bébés.
Eu durmo, sonho-te
como lembrança
da minha infância!
As minhas veias correm
na minha pele,
e de cada passo nas veias
nasces tu.
De ti há tanta coisa...!

20/05/2010

Anastácia, 7 anos

Texto

As árvores são mãos verdes
e os braços castanhos.
Os pássaros cantam
a sua doce e encantadora melodia
que vai até ao barco do tempo.
Os pássaros voam
e o vento passa por baixo
das asas deles.

No metal vejo o fulgor
fugidio do sol.

19/05/2010

Anastácia, 7anos

A nuvem do ocaso

Chegou o fim do dia.
Ao longo do mar vejo o crepúsculo
dando os seus cristais de fogo
ao mar.
Na terra uma flor desabrocha
e o sol põe o seu fulgor
com brilhantes fugidios na flor.
Pela luz do sol sigo-a
debaixo para cima
e vejo uma nuvem do ocaso.
A nuvem era de outrora.

17/05/2010

Anastácia, 7 anos

A dormeço com as ondas do mar

A tua espuma salgada
toca-me nas pernas.
A tua água salgada brilha
nos meus olhos.
Deito-me no berço
da minha infância,
ao lado do mar.
Aquele mar não é igual
aos outros,
é um mar com ondas
que se ouvem bem.
Naquele berço
da minha infância,
eu adormeço
com o murmurar
das ondas do mar.

12/05/2010

Anastácia, 7 anos

O símbolo do mar

Estou sempre a ver-te
no meu imaginário
e nas minhas lágrimas salgadas.
Se te amo sinto o bem,
meu mar, também sei
o teu símbolo.
O fulgor dos meus olhos
também transmite
o teu símbolo.
Sei que o teu símbolo
são as tuas ondas e o teu som.

3/05/2010

Anastácia, 7 anos

O teu som

Quando eu vou ao teu lugar onde estás,
o teu som dá-me um abraço.
Nunca vou ter o esquecimento de ti
e sempre penso em ti.
Quando estou atenta a alguma coisa,
imagino-te e oiço-te.
O teu som dá-me saúde
e não é nada de remédios.
Quando estou triste,
o que me faz alegre é o teu som.

27/04/2010

Anastácia, 7 anos

O teu azul

Olho para o mar e tu saltas
ao pôr do sol.
Eu já toquei na tua pele
em vida real.
Quando eu toquei
senti que tu eras tão liso e fofo.
Mas o teu azul faz-me tocar
o céu e o sol.

26/04/2010

Anastácia, 7 anos

A voz do fogo

Olho para o sol e tenho saudades de ti.
Há tanto tempo que não te escuto.
As minhas lágrimas contentes
caem na tua cor.
A tua voz faz-me abraçar o mundo
em tempos do meu professor.
Num jardim com um lago de cisnes
e com macieiras cheias de pássaros
eu fecho os olhos e oiço a tua voz.

21/04/2010

Anastácia, 7 anos

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O cheiro traz-me saudades!

O vento traz-me o cheiro
e eu começo a ter saudades.
Se o vento traz o cheiro de legumes,
tenho saudades da quinta
da minha avó e avô.
Cheiro uma flor
e tenho saudades da praia.
O cheiro não serve só para saber
qual é a coisa que está à frente de nós,
mas também serve para ter saudades.
O cheiro da areia da praia
traz-me saudades
dos loiros cabelos de ouro
da minha mãe.

20/4/2010

Anastácia, 7 anos

Os gestos da vida

Tu fazes o meu rosto,
tu fazes o meu corpo.
Eu sempre nasci
com os teus gestos
e vivo com os teus gestos.
Se tu te fores embora
eu também vou embora
da minha vida.
A tua paisagem ilumina
a minha infância.
Tu tens o teu mundo,
eu tenho o meu,
mas mesmo assim
nós nos associamos
um ao outro, porquê?
Tu és o mar,
eu sou uma criança,
mas sei que eu nasci
por causa de ti.
Mas se eu nasci
com os teus gestos,
o que é que tu és para mim?
Os gestos da vida?

(dedicado ao mar)

13/04/2010

Anastácia, 7 anos

Mar

O teu brilho é uma estrela
que vive no meu coração.
As tuas ondas são
as minhas lágrimas.
À noite tu apareces sempre
nos meus sonhos
para dar-me forças
ao dia que vem.
Sei que tu dás-me as mãos.
És o meu presente,
nunca haverá uma coisa maior
do que tu para mim.
A tua voz também sofre
por causa dos humanos
que matam o teu coração.
O teu ouro existe.
Tu tens os tempos que vêm
e tens o outrora.
Sempre segui os teus passos
e seguirei.
Eu sofro por ti no Inverno
porque já não te vejo no Inverno.

26/03/2010

Anastácia, 7 anos.


Para mim o mar é...

Olho para o mar e o meu coração
bate com mais força.
Sinto o mar a bater
nas minhas mãos
e no meu olhar.
As ondas trazem-me as palavras
paz, amor, alegria, sorrisos,
lembranças, vozes,
olhares e abraços...
O mar para mim é a única estrela
do fundo do coração
e é uma estrela que brilha
em todo o meu corpo.
Quando penso em ti,
caem lágrimas de sorrisos
dentro de mim.
Eu amo-te mar.
A espuma branca das ondas
está sempre a dar-me alegria.
O teu som transmite-se
quando a natureza sorri!

24/3/2010

Anastácia, 7anos

Tudo associado ao mar

A espuma branca do mar
enfeita o meu coração
com amor da alegria.
Eu ando no caminho do sol
diferente dos outros.
Esse sol brilha mais
e está por cima do mar
esse caminho do sol.
Quando eu chego ao final
desse caminho do sol,
aparece uma porta dourada.
Eu abro aquela porta
e vejo uma ilha.
A ilha é assim: tem areia,
tem dez palmeiras e é grande.

19/03/2010

Anastácia, 7 anos

O teus ecos

Oiço os teus ecos da montanha que faz a paz
para pôr dentro das pessoas.
Eu dou-te as mãos e dentro de mim
aparece uma cadeira
e em cima dela
está a palavra amor.
A palavra amor disse-me:
ouve os ecos dela
e a poesia vai tocar-te.
Eu ouvi os ecos dela
e a poesia tocou-me
e adorei o que a poesia me fez
porque foi o meu desejo.
Eu disse obrigada ao amor e continuei.
Eu caminhei até que cheguei
a uma casa velha e ouvi a tua voz.

18/03/2010

Anastácia, 7 anos

As pingas contra o chão

Oiço pingas contra o chão
e lembram-me as flores
a dançar ao vento.
A água é a mãe
e as pingas as filhas.
Quando as filhas brincam com o chão,
elas fazem um sorriso com fulgor
e com as palavras amor e paz.
As pingas contra o chão
alimentam o meu coração.

12/03/2010

Anastácia, 7 anos.

Ao olhar para os teus olhos

Fito teus olhos castanhos.
Em aprendizagem saltas
para a sala de aula e dás
bocadinhos de conhecimento a cada aluno,
onde tu repousas um dos sentidos
mais importantes do poeta.
Os teus olhos reflectem
os lindos poemas que tu já leste.
Teus olhos? Poesia?
Sim, é de tudo isto que eu estou a falar
neste conjunto de palavras francas.
Eram teus olhos tenros os que passavam
pela aventura da infância.
Sim, eu sei que queres voltar a tê-los
só para olhar um poema.

Anastácia, 9 de Abril de 2011

As mãos bondosas da Marta

Tu vês uma criança a chorar,
ou aleijada ou triste
e vais logo ter com aquela criança.
As tuas mãos têm pegadas
e em cada pegada nasce
uma fotografia da tua alma.
Tu brincas com todas as crianças.
Quando tu brincas
os teus cabelos abanam
como flores doces de chocolate
que brilham com amor.
O teu coração nasceu
com luz dourada
e com palavras cor-de-rosa
chamadas Ajuda, Amor...

2/03/2010

Anastácia, 7 anos

A cara como uma estrela simpática

Olhei para o céu
e vi a tua cara numa estrtela.
Quando eu olhei para ti
tu fizeste um sorriso para mim.
Tu desceste para a Terra,
deste-me as mãos
e brincaste comigo!
Agora chegou a hora de a tua família
chamar-te para o céu.
Eu despedi-me e fui embora,
mas tu ficaste a brilhar no céu.

(dedicado à Filomena)

      25/2/2010

Anastácia, 7 anos.

Hoje o Pedro faz anos

A flor da idade
já veio para o teu coração.
O meu cabelo de trigo junto à areia
manda-te a mensagem
da alegria de 8 anos.
O teu amor pelos dinossauros
é muito perfeito...
No teu coração festeja-se
toda a tua amizade,
toda a tua ajuda,
todo o teu brilho
e todas as tuas vozes ditas.

8/2/2010

Anastácia, 7 anos

Texto

Oiço as alegrias e as tristezas
dos meus amigos.
Tenho a boca triste e alegre.
Lágrimas de melodias estragadas.
O meu avô morreu
nas minhas lágrimas de pequenina,
lágrimas escuras e cheias
de sorrisos arranhados e mortos.
As crianças sofrem
por causa da sua família...
A alegria é cheirar uma flor,
é a luz do coração,
é dizer a palavra amor
e amizade um ao outro
na escola ou ao sol.
O meu baloiço são as mãos
da minha mãe.

5/2/2010

Anastácia, 7 anos.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O silêncio

para mim o silêncio
é um amigo que traí.
Estou aqui e vejo o silêncio
à minha volta.
Chegam as crianças
das salas sa escola.
Sentado a escrever faço
com que o meu amigo lápis dance
no ritmo da mão.

Samuel, 8 anos

A matemática

O que é a matemática?
A matemática é uma coisa que pertence
e está relacionada com a nossa vida.
Quando estou na escola
sinto saudades do meu passado
e isso está relacionado
com outra matemática,
a matemática das relações
da vida de de tudo de bom e mau
que pode acontecer
em nossas vidas.
Cada passo que dou é um instante
produzido pela matemática...
Tudo está envolvido: as flores,
os carros, as árvores.
Para mim a matemática
é o mundo inteiro.
Também gosto da matemática
dos afectos.
A família está relacionada
com a matemática.
Cada batimento do coração
é matemática.
Todo o meu corpo trabalha
porque é feito de matemática!
A paixão tem a ver com uma  pessoa
e o número 1 é um dos números
que a matemática tem.
Todos os dias dou 25Kg de felicidade
à minha mãe.

7/01/2011

Samuel, 8 anos

Texto

Pego num lápis e escrevo
num caderno de linhas azuis.
A dúvida inspira cada vez mais
em minha alma.
A dúvida cresce e estica
cada vez mais
para ir ao vale das sombras.
A dúvida lança
suas armas de guerra mais fortes
para ir ao vale eterno das sombras.
O barulho e o medo
são as piores coisas
que já existiram
no vale das sombras.
Protegido de um escudo de amor,
nada vai impedir-me
de sair desta posição.

Samuel, 8 anos

11/01/2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Texto

A aranha faz a teia
para caçar a felicidade.
Todos os insectos tentam
também caçar a felicidade.
Penso, vejo e sonho
mas não posso ter
o mesmo dom da aranha,
o dom de caçar a felicidade.
Sei que um dia serei
como a aranha.
As viagens no pensamento
tornam-sr cada vez maiores
e divertidas.
A minha vida está como sempre,
sou um rapaz normal como antes
mas mais rico por dentro.

15/02/2011

Samuel, 8 anos

Texto

Chove. As salas de aula se agitam
com passos de adulto.
A chuva cai sobre as poças
e ficam maiores.
Uma criança chega à sala
cheia de alegria.
O silêncio se atrai à sala.
O vento passa
sobre a minha escola.
Às vezes penso que o orvalho
é o meu diamante
mais brilhante da vida.
A ponta do bico de lápis
escreve no papel.
Vejo a minha imagem
nas poças de orvalho
e vejo-me normal como sempre.
O pensamento trabalha
e produz ideias
para se colarem no papel.

14/02/2011

Samuel, 8 anos

Eu e alma

Minha alma não fala comigo,
porquê?
Não deixa escrever.
Ela abre a porta da vida
para a solidão entrar em sua vida.
Minha melhor amiga
vai ficar minha inimiga
e amiga da solidão. Não sei.
Começa a chover,
vejo magia agarrada
à agua da chuva.
O pensamento trabalha,
mas o que irei escrever
não será como era antes.
O mundo da imaginação
que está dentro de mim
está fraco, sem amizade.
A solidão está a destruir
e a poluir todo o mundo
da imaginação.

(dedicado à alma)

Samuel, 8 anos

9/02/2011

Texto

Vejo a Terra do espaço.
Olho para um globo de um amigo
e imagino que vejo a Terra do espaço.
Aquele globo fez levar-me
ao mundo da imaginação.
Da Terra para cima vejo
as suas irmãs as estrelas.
No mundo da imaginação
pode haver tudo aquilo
que posso imaginar.
Do espaço vejo
todos os países da Terra
e também vejo
a luz infinita do amor.

3/2/2011

Samuel, 8 anos

Texto

Ao estar à luz do sol
fico impressionado.
Os pássaros saltam,
as pessoas falam
e olho o sol.
Não sei porquê?
mas estou feliz.
Será o sol?
O vento leva
meu espírito levemente.
As portas da felicidade abrem-se
e sinto-me feliz.

1/2/2011

Samuel, 8 anos

Texto

Depois do intervalo cansativo
entro na sala.
Os cinco sentidos acalmam.
O barulho vai-se agarrando
nas paredes da sala.
As memórias lá de fora
deixam-me irrequieto.
O sol reflete na parede
e as paredes e as letras vaidosas
recebem a luz do sol.

21/01/2011

Samuel, 8 anos

texto

Dentro da sala de aula
o silêncio envolve a sala.
Meus colegas ficam encantados
com as dez cores do silêncio.
As cores são: branco, azul, rosa,
vermelho, lilás, amarelo, laranja,
verde, castanho e preto.
As notas musicais do rádio fazem
o silêncio afastar-se desta sala
rodeada de crianças.
O volume das notas musicais baixa
e o silêncio não se afasta.
Atrás do vidro as plantas
parecem murchas sem alegria
em seus corações.

Samuel, 8 anos

A minha sombra

A minha sombra está comigo
e sou amigo dela.
Ela e o tempo são os meus
primeiros amigos
da lista de amigos.
Quando a sombra quer aparecer,
ela aparece, não me importo.
Eu, o tempo e a minha sombra
somos amigos até ao fim da vida.

Samuel, 8 anos

Aniversário de minha mãe



Hoje fazes anos.
Tua pureza renasce mais uma vez.
És a borboleta do meu sonho.
És o meu mundo espiritual.
Contigo voo cada vez mais.
És a pétala da minha flor
e a aguia solitária.
Na melodia da flauta,
uma nota brilha porque me tocaste.
És especial porque me criaste.
És a parte rosa da minha vida
e o azul do meu mar.
És a chama da minha lareira.
És indizível e invisível
porque és pura...
És o meu Natal.
És tudo para mim.

02/02/2012

Pedro, 10 anos




                                                                   (Dedicado ao aniversário da minha mãe)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tio



Por  trás do oceano vejo o teu rosto
desenhado nas nuvens que passam.
Oiço a música, transmite-me tristeza,
saudades de não estares comigo.
Sento-me na arei molhada
por onde teus pés já passaram.
O tempo passou e a alegria acabou.
O que passo sem ti?
As tuas palavras desapareceram
do meu vocabulário.
Os pássaros voam, voam
como tinhas feito as tuas aventuras.
O lápis escreve
e o meu pensamento não pára
de pensar em ti.
Foste a minha estrela que me guiou,
mas o adeus chegou e nunca mais regressou.

12/01/2012

Liliana, 9anos

A noite

A olhar para a vidraça
eu reparava no céu escuro e estrelado.
Hoje uma estrela mais do que cintilante
refletiu para meus olhos e fez-me a imaginar.
A lua gabava-se e o sol descansava
em sua mansão de fogo, calor e luz.
Naquela noite de Verão
as estrelas faziam desenhos até mais além.
Abri a janela e fui verificar a lua
e ouvi o seu canto mais percioso, o canto da noite.
A lua ria-se para mim e piscou-me o olho
no dia em que a esperança mudou o mundo.

14/02/2012

Samuel, 9anos

O tempo

O tempo leva o tempo.
Leva a alegria e até a tristeza.
Leva a saudade
que sinto por ti.
Dentro de mim algo
de estranho acontece.
O tempo que podes estar a pensar,
não é esse tempo.
É o tempo da minha infância.
É o tempo desta longa saudade,
que sinto por ti...

14/12/1011

Marta, 9 anos

O natal

No natal vestimos os pinheiros.
A estrela brilha
e segue-me no coração.
Cada virgula, cada ponto
faz parte da minha vida.
Tudo brilha neste dia especial.
O pinheiro está cintilante no natal.
Na sua coroa uma chama se ilumina,
deixando paz e amor para todos.

15/12/2011

Marta, 9 anos


O natal

Acordo, a árvore de natal
cintila nos meus olhos.
As prendas são grandes e pequenas.
A janela está húmida,
eu brinco com o baço da vidraça.
A neve branca cai na estrada negra.
É meia noite do dia 25 de Dezembro.
Abro as prendas, ganho um caderno e um lápis.
Pego no lápis e escrevo no caderno.
Deito-me na cama branca,
e sonho com Jesus.

14/12/2011

Victória, 9 anos

Para o dia dos namorados


Caminho no deserto que encontrei,
está vento e eu tento seguir os teus passos.
Mas com o vento as pegadas desaparecem.
O vento acabou e de súbito o amor diz:
segue a minha voz e encontrarás a tua musa.
Quando cheguei lá, estavas tu
com a alma de ouro, a música nos lábios
e uma guitarra nas mãos.
Quando te vi o meu coração bateu
com mais força e eu pensei:
Nunca te irei largar.
Agora abandonaste-me,
e caminho na tempestade
e recordo a tua alma.

13/02/2012

(Dedicado a uma pessoa especial)

Ruben, 9anos

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Como foi possivel?

Como foi possivel?
Só sei que apareceste do nada.
Todos os dias penso
no possível de surgires.
Quando queres escrever pedes-me
para pegar no lápis e escrever...
O palpitar de uma flor
é o palpitar de tudo.
O nada ainda não apareceu.
Tudo naquele sonho sumiu
como das muitas outras vezes.
Agora, e só agora,
resta-me um caderno e um lápis.

2/11/2011

Marta, 9 anos

A paisagem

A noite venceu a batalha do dia.
Passo pela lua que enche
todo o mar da tua beleza.
Rodeada de areia transformo-me
na estrela do luar.
A noite deita-se de cansaço
e o dia desperta.
Um pássaro passa pelo mar
e surge uma paisagem!

23/01/2012

Catarina, 9 anos

Sol doirado

Sobre o sol doirado esvoaço.
Sobre este oiro
e sobre esta leve brisa o mundo,
Sobre o mais profundo pacifico
contemplo esta vida
de desgostos e prazeres.
Contenho maresias de vidas
gastas e despedaçadas.
Sobre esta vida alcanço um mundo
superior de paz e luz.

25/01/2012

Pedro, 9 anos

Texto

Passeio à beira do mar,
o meu companheiro é o pôr do sol.
O mar muda de cor,
as ondas "batem palmas" levemente
 (como diz Sophia Mello Breyner).
O salgado regista-se no meu corpo.
Tiro uma fotografia
com os meus olhos no mar.
A areia está fria
como se fosse água enterrada.
Chego a casa e caio nas memórias.

23/01/201

Anastácia, 9 anos

Despedida

Chegou o dia que me despeço
dos tempos em que estivemos juntas.
Avó, adoro os momentos em que nos riamos,
adorei os momentos em que tu
me chamavas à atenção.
Hoje é o dia de bejos e abraços.
Adoro-te, estarás sempre guardada
no meu coração.

25/09/2011

Liliana, 8 anos